Combate ao tráfico de mulheres e crianças: um dever de todos

Combate ao tráfico de mulheres e crianças: um dever de todos

Reflexão e ação marcam o dia de hoje, 23 de setembro, Dia Internacional Contra a Exploração Sexual e o Tráfico de Mulheres e Crianças. A data foi criada em 1999, pela Conferência Mundial da Coalizão Contra o Tráfico de Pessoas, para alertar a urgência com que o problema deve ser combatido.

O tráfico de pessoas é definido pela ONU como “o recrutamento, o transporte, a transferência, o alojamento ou o acolhimento de pessoas, recorrendo à ameaça ou uso da força ou a outras formas de coação, ao rapto, à fraude, ao engano, ao abuso de autoridade ou à situação de vulnerabilidade ou à entrega ou aceitação de pagamentos ou benefícios para obter o consentimento de uma pessoa que tenha autoridade sobre outra para fins de exploração” (Protocolo Adicional à Convenção das Nações Unidas contra o Crime Organizado Transnacional, 2000).

O Instituto Liberta divulgou que o Brasil ocupa o 2º lugar no ranking de exploração sexual de crianças e adolescentes. Além disso, os dados mostram que:

  • a cada 24 horas, 320 crianças e adolescentes são explorados sexualmente no Brasil;
  • o número de vítimas pode ser ainda maior, já que apenas 7 em cada 100 casos são denunciados;
  • 75% das vítimas são meninas;
  • as vítimas sofrem espancamentos, estupros e estão sujeitas ao vício em álcool, drogas e infecções sexualmente transmissíveis (ISTs).

Segundo a ONU, o tráfico de pessoas afeta cerca de 2,5 milhões de pessoas e movimenta aproximadamente 32 bilhões de dólares por ano, com a Espanha sendo o país que mais recebe vítimas brasileiras.

Esta é uma luta de todos. Nesta data, devemos refletir e nos atentar sobre o assunto. Para denunciar use o Disque 100, que funciona 24 horas por dia. Se você for vítima, não se cale. Você não está sozinha!